Influência de diferentes níveis de reposição hídrica, salinidade e adubação nitrogenada no girassol

Alisson Macendo Amaral, Marconi Batista Teixeira, Frederico Antonio Loureiro Soares, Maria Ângela Cruz Macêdo dos Santos, Fabiano José de Campos Bastos, Adriana Magalhães Farias

Resumo


O cultivo do girassol com água salina é uma estratégia de aproveitamento de recursos hídricos de qualidade inferior, principalmente devido sua escassez. Objetivou-se nesse manuscrito, analisar a resposta da cultivar Charrua sobre a influência de diferentes regimes hídricos associados a condutividade elétrica de água de irrigação e adubação nitrogenada. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados, analisados em esquema fatorial 4 x 2 x 2 com três repetições, com 4 níveis de reposição hídrica (RH) iguais a 25, 50, 75 e 100% da capacidade de água disponível no solo (Fator A); 2 níveis de condutividade elétrica da água de irrigação (CEa: 0,6 e 3,0 dS m-1) para o Fator B e 2 níveis de adubação nitrogenada (DN) correspondentes a 100 e 200% da dose recomendada pela análise do solo (Fator C). Foram avaliadas a altura de planta (AP), diâmetro de caule (DC), número de folhas (NF), área foliar (AF), matéria seca de folha (MSF), matéria seca de caule (MSC), diâmetro interno de capítulo (DICAP), matéria seca de capítulo (MSCAP), massa de aquênios (MA) e produção de aquênios (PA) por planta. Verificou-se que em todas as variáveis cujo teste F foi significativo, o aumento da RH promoveu acréscimos lineares, enquanto que aumento nos níveis de CEa e DN favoreceram reduções significativas, caracterizando a sensibilidade da cultivar aos tratamentos. O DICAP não foi influenciado pelos tratamentos na colheita, porém a MA e o NA tiveram reduções de 18,74 e 20,88%, respectivamente.


Palavras-chave


Helianthus annuus L.; condutividade elétrica; produção de aquênios

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