Análise dos aspectos morfométricos de abelhas africanizadas em ambiente de Caatinga (Brasil)

Mateus Gonçalves Silva, Weliton Carlos de Andrade, Weverton Pereira de Medeiros, Guilherme Veloso da Silva, Karla Jarlita de Moura Silva, Rosilene Agra da Silva, Patrício Borges Maracajá

Resumo


Através deste projeto piloto, objetivou-se avaliar possíveis divergências morfométricas em operárias de abelhas africanizadas (Apis mellifera) provenientes de mesmo ambiente de Caatinga localizado no Alto Sertão paraibano. A análise foi desenvolvida no laboratório de abelhas da Universidade Federal de Campina Grande, e compreendeu os parâmetros: comprimento do inseto (CI), largura (LI), patas posteriores (PP), asas anteriores (AA), asas posteriores (AP) e peso do inseto (PI). Como estudo prévio, a amostragem ao todo foi através da avalição morfométrica de 25 abelhas, pertencentes à 5 diferentes colmeias, e o delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, com esquema fatorial 5x5. Os dados obtidos foram submetidos a análise estatística pelo teste F e a comparação das médias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Comprovou-se que não houve diferenças morfométricas significativas entre os grupos de abelhas avaliados, ficando evidente a não existência de extensa variabilidade gênica entre as populações de abelhas contidas no mesmo ambiente/apiário, o que indica uma padronização genética das colmeias. Estudos mais avançados sobre análise molecular podem refinar ainda mais os resultados, e possibilitar a detecção de ecotipos de abelhas distintos.


Palavras-chave


Apis mellifera, morfometria, variabilidade morfológica.

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