Considerações sobre Serviços ecossistêmicos em sala de aula e o caminho docente no ensino remoto de Geografia: sobre uma nova abordagem ambiental

Josimar Viera dos Reis, Gabriel Antonio Silva Soares, Juliana Patrícia Fernandes Guedes Barros, Camila Gardenea de Almeida Bandim, Maria Fernanda Abrantes Torres

Resumo


DOI

A pandemia do Novo Coronavírus Sars-CoV-2 trouxe uma realidade diferente da qual a comunidade escolar estava habituada, trazendo consigo a implementação do Ensino Remoto (ER) ao processo de aprendizagem. Este novo cenário tornou o uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) mais frequente, visando possibilitar o ensino aos alunos apesar da barreira geográfica imposta pelo isolamento social.Além disso, o ensino em Geografia dos ensinos fundamental e médio pouco contemplam as facetas de uma abordagem mais natural/física da ciência geográfica. Tal problemática pode interferir seriamente na compreensão do funcionamento natural e da interação homem-meio onde o aluno se insere. Principalmente em tempos de pandemia. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi investigar quais os desafios enfrentados pelos professores de Geografia sobre esta nova abordagem ambiental em sala de aula, os serviços ecossistêmicos, durante o ensino remoto. A pesquisa foi desenvolvida através de uma análise qualitativa de caráter exploratório, com a aplicação de um formulário composto por 07 perguntas e através de levantamentos bibliográficos. Os resultados apresentados apontam que apontam que apontam que muitos professores até conhecem o termo,  mas ainda não trabalharam com os alunos a questão dos serviços ecossistêmicos, inclusive, apontando que o termo não é usado nas bibliografias ou planos a eles fornecidos.Assim, neste período de aulas remotas, esta nova terminologia que já é bem difundida pelo mundo, ainda é pouco usada em sala de aula pelo professor.


Palavras-chave


Ensino Remoto; Ensino de Geografia; Serviços Ecossistêmicos

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